Para um-quarto dos brasileiros, encarar a segunda-feira é um verdadeiro drama. "Tem gente que já começa a sofrer no domingo e acha que não vai suportar mais uma semana", diz a leader coach Mirian Zacarelli, diretora da KMZ Consultoria e Eventos. Os especialistas confirmam que quem não faz o que gosta tende a desenvolver sintomas de estresse crônico. "Irritabilidade, cansaço, tristeza, apatia, ansiedade, quadros agressivos e até um estado de humor depressivo."
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Os especialistas confirmam que quem não faz o que gosta tende a desenvolver sintomas de estresse crônico. "Irritabilidade, cansaço, tristeza, apatia, ansiedade, quadros agressivos e até um estado de humor depressivo", exemplifica Leite. Para Renato Grinberg, diretor geral do site Trabalhando.com, a quantidade de problemas de saúde pode ser um sinal de que a pessoa não está feliz profissionalmente. "A doença acaba sendo usada como fuga, ou seja, uma maneira de a pessoa ficar longe daquele ambiente que tanto a incomoda", diz.
É claro que toda profissão tem altos e baixos. E ninguém precisa estar sempre bem disposto e satisfeito com tudo. "Estar na profissão errada é não ser apaixonado por aquilo que faz. O importante é conseguir, apesar dos dias ruins e das frustrações, olhar para o espelho e dizer ‘estou satisfeito’”, explica Vitor Sampaio, psicólogo clínico. Segundo ele, quem faz o que gosta enxerga o futuro com perspectiva, ao contrário daquele que fica de olho no relógio, contando os minutos para encerrar o expediente.
Dá para mudar -Para Grinberg, estar na profissão errada é um dos principais motivos para o insucesso na carreira. "Por isso, ao detectar o problema, é importante fazer uma avaliação para saber se é a profissão ou o ambiente atual que incomodam, o chefe e até mesmo a função que lhe foi atribuída". Em alguns casos, uma readequação já é capaz de provocar motivação. No entanto, se o rumo tomado realmente não tem nada a ver com a sua vocação, é melhor preparar um cronograma. "Não adianta 'chutar o balde'. É melhor ir devagar e pesquisar quais recursos serão necessários para essa mudança", afirma Mirian.
A influência da família -A partir do momento que a pessoa detecta o problema e decide traçar um plano para mudar o rumo profissional, é preciso preparar-se para enfrentar críticas. Comentários como ‘você está louco!’, ‘agora que conseguiu uma promoção’ ou ‘você vai abrir mão desse salário’ podem surgir dos colegas de trabalho, amigos e familiares. No entanto, o que está em jogo é a felicidade. Ter coragem de mudar é algo muito significante. E quanto antes o profissional se lançar às mudanças, mais vantagens terá. "Posso ter realizado uma escolha e constatar que não foi a melhor. Porém, permanecer nessa escolha é muito prejudicial", afirma Roberto Leite.
Escolha imatura - A escolha profissional, geralmente, é feita na adolescência. Mas o jovem dificilmente tem maturidade suficiente para realizar tal escolha. Por isso, alguns seguem caminhos equivocados; outros são influenciados pelo desejo da família para que siga uma determinada carreira. "O jovem acaba ‘comprando’ uma ideia, sem saber se realmente acredita naquilo”, explica Sampaio. E não adianta escolher a profissão sem levar em conta suas habilidades. De acordo com Grinberg, durante muito tempo, as pessoas buscavam o sucesso profissional para ser feliz. Hoje, muitos estudos defendem que é preciso ser feliz para conquistar o sucesso.
Grinberg dá uma sugestão para você avaliar se está na profissão certa. "Se recebesse uma ‘bolada’ e pudesse ter mensalmente o equivalente ao seu salário atual, o que faria?". Para o especialista, quem ama o que faz, jamais deixaria de trabalhar. "A pessoa pode dizer que diminuiria o ritmo ou abriria um negócio próprio". Já quem está na profissão errada, com certeza, é taxativo: "Pediria demissão imediatamente".
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